Tu aurais dû ressentir en toi
Une nouvelle perception
Un nouveau regard
Avide de savoir
Grandissant et cherchant en toi
C'que jamais il ne trouvera
Tu refusas d'y croire
Retenant physiquement
C'qui n'avait pas sa place en toi
C'que tu n'voulais pas voir
Qui n'aurait jamais dû être là
Être là
Nous ne verrons plus jamais à deux
Débarrassés d'une incision à la lame
L'extraction aura quand même lieu
Des hurlements stridents emplissant ton âme
Laissant tes yeux secs, pas une larme
Lui, sorti de cet antre imprégnée d'alcool
De fumée, déjà maculé de ton sang impur
Sa première sensation se pesant comme une vision
Une impression, la folie derrière les murs
Tu ne lui donneras jamais le sein
Tout ce qui pouvait te raccrocher à lui n'était rien
Laissant cette graine jetée à terre
Inconsciemment, se développer comme la gangrène
Ne pensant pas que par l'enfance
La vie d'un être est déterminée
Tu devais pourtant incarner le lien viscéral entre l'infini et la vie
Entre ce ventre céleste et son contenu maudit
Sais-tu c'que peut être une vie à subir?
Nourrit aux racines d'un amour létal
Croire que tu vas venir?
Cris, violence et non-respect de l'être
Ne peuvent amener qu'au mal de vivre
À une rancœur amère, toujours aussi présente
Le pardon ne pouvant s'envisager
Seule une vengeance violente
Une décharge de tout ce qu'il y a de mauvais
Malsain, au plus profond du subconscient
Pourrait permettre de ne plus penser aux noirs souvenirs qui gangrènent ma chair
Me rendant chaque jours un peu plus malade
Mes pieds s'enlisent, mon esprit les suit
Je me perds
Plonge tes mains dans mes larmes blanches, sois sans crainte
Nage au sein d'une volute d'abominations, de laideur, de carnage
Goûte dans ma bouche, l'arôme amer de l'ennui
Toutes ces tortures qui hantent mes nuits
Entends de mon ouïe, ces notes mélancoliques
Mes grincements de dents, cette musique symbolique
Regarde dans mes yeux une vision troublée
Du vrai visage de l'homme angoissant, torturé
Touche de mes mains, tes joues humides
Une douce peau parfumée qui finira putride
Ressent ce liquide qui frappe tes tempes
Rougit mes yeux, mais pourtant, alimente le cœur du nourrisson comme celui du vieux
T'épousant dans la chair, les bosses, les creux
Tu peux le percevoir, le sentir ruisseler
C'n'est plus la peine de croire
Non, je ne peux pas oublier!
Non, je ne veux plus oublier!
Un déséquilibre profond flotte en moi, écarquillé, vitreux
Je dois être déchiré, je ne sais plus vraiment c'que j'fais
Ta gueule est tuméfiée
Que dire, pas grand chose, tout ça devait arriver
L'important, au fond, c'est de crever l'abcès
Hurler, extérioriser, en morceaux t'enterrer
Le sang épais et chaud galvanise mes mains
Mon cœur, par terre, emprunte le chemin
Qui mène à l'horreur d'une excitation morbide
Les yeux brillants, le regard matricide
Ce soir, tu m'as mentit encore une fois
Tu avais dit que tu rentrerais tôt
Mais la terre dans ta gorge me laisse croire que, maintenant
Tu ne rentreras plus
Tu ne rentreras plus
Tu ne rentreras plus
Tu ne rentreras plus
Tu ne rentreras plus
Je construis des abysses
C'est si beau quand c'est au fond de la peau
Que je l'aime ton doux regard qui plisse
C'est si beau quand je défonce ton cerveau
Você deveria ter sentido em si mesmo,
Uma nova percepção,
Um novo olhar,
Ansioso em saber,
Crescendo e buscando dentro de você
O que ele nunca encontrará
Você se recusou a acreditar,
Restrição física
Aquilo que não tinha espaço em você,
O que você não queria ver,
Que nunca deveria ter estado lá
Estado lá
Nunca mais nos veremos juntos
Livres de uma incisão de lâmina
A extração ainda ocorrerá,
Uivos estridentes enchendo sua alma,
Deixam seus olhos secos, nem uma lágrima
Ele, saindo deste antro impregnado de álcool,
De fumaça, já maculado pelo seu sangue impuro
Sua primeira sensação pesando como uma visão,
Uma impressão, a loucura por trás das paredes
Você nunca vai amamentá-lo,
Tudo o que poderia te ligar a ele não era nada,
Deixando essa semente jogada no chão
Crescendo inconscientemente como a gangrena
Não pensando que durante a infância,
A vida de um ser é determinada
No entanto, você teve que incorporar a ligação visceral entre o infinito e a vida
Entre este ventre celestial e seu conteúdo maldito
Você sabe como pode ser uma vida?
Nutrido pelas raízes de um amor letal
Acha que você vai vir?
Gritos, violência e desrespeito ao ser
Só podem levar à dor de viver,
A um rancor amargo, sempre tão presente
O perdão não pode ser considerado,
Apenas uma vingança violenta,
Uma libertação de tudo o que é ruim,
Insalubre, nas profundezas do subconsciente
Poderia me permitir não pensar mais nas sombrias memórias que gangrenam minha carne
Me deixam a cada dia um pouco mais doente
Meu pés se afundam, meu espírito os segue
Eu me perco
Afunde suas mãos nas minhas lágrimas brancas, não tenha medo
Nadando em um redemoinho de abominações, de feiúra, de carnificina
Prove na minha boca o aroma amargo da insipidez
Todas estas torturas que assombram minhas noites
Ouça pela minha audição estas notas melancólicas,
O ranger dos meus dentes, esta música simbólica
Olhe nos meus olhos uma visão perturbada
Da verdadeira face do homem angustiado, torturado,
Toque minhas mãos, suas bochechas molhadas
Uma pele macia e perfumada que acabará fétida
Sinta esse líquido atingindo suas têmporas,
Ruboriza meus olhos, mas mesmo assim nutre o coração da criança como o do velho
Abraçando você em carne e osso, os solavancos, as cavidades
Você pode percebê-lo, senti-lo fluindo,
Isso já não vale mais a pena acreditar
Não, eu não consigo esquecer!
Não, eu não quero esquecer!
Um profundo desequilíbrio flutua dentro de mim, de olhos arregalados, vítreos
Devo estar arrasado, eu realmente não sei mais o que estou fazendo
Seu rosto está inchado
O que posso dizer, não muito, tudo tinha que acontecer
O importante, no fundo, é destruir o abcesso,
Gritar, exteriorizar, em pedaços te enterrar
Sangue grosso e quente galvaniza minhas mãos
Meu coração, no chão, segue o caminho
O que leva ao horror da excitação mórbida,
Os olhos brilhantes, o olhar matricida
Esta noite, você mentiu para mim outra vez
Você havia me dito que voltaria logo,
Mas a terra na sua garganta me deixa a acreditar que, agora
Você não voltará mais
Você não voltará mais
Você não voltará mais
Você não voltará mais
Você não voltará mais
Eu construo abismos
É tão belo quando está no fundo da pele
Como eu amo seu doce olhar semicerrado
É tão belo quando eu destruo o seu cérebro
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