Inanis Venter

Eths

Inanis Venter

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Je recherche maman
Je recherche maman
Je recherche maman

Chaque jour brise ma vie à jamais à trop y penser
Le vide écrase la raison, maman est labile, sale
Corps inoccupé, je me hais, je le sais
Je vomis la douleur d'absorber l'horreur
D'accoucher la peur

L'enfer en moi, immobile
Enfant tu es dans mon lit, sombre ma peur
(Né, âme qui saigne, de ton sommeil troublé)
Entends-moi je n'y arrive pas
(A chaque instant je meurs, chaque instant j'ai peur)
Celle qui crée ne te reconnaît pas encore
(Ma bouche forcée, se ferme, acidité amère, bois)
Celle qui est, pourquoi n'a pas pu pleurer
(Je suis toi, tu es moi, je suis là à jamais)

Dormez, la porte est fermée
Elle voudrait penser sans rien écouter
Amer le lait se perd, le sein avarié
Dans sa bouche écoeurée
Elle plonge et vient mourir au fond
Elle habille une poupée sans jamais regarder
Sans jamais abîmer, torturée

L'enfer en moi, immobile
Enfant, tu es dans mon lit, sombre ma peur
(Né, âme qui saigne, de ton sommeil troublé)
Entends-moi je n'y arrive pas
(A chaque instant je meurs, chaque instant j'ai peur)
Celle qui crée ne te reconnaît pas encore
(Ma bouche forcée, se ferme, acidité amère, bois)
Celle qui est, pourquoi n'a pas pu pleurer?
(Je suis toi, tu es moi, je suis là à jamais)

Unilatérale
L'affliction est un parfait stigmate qui s'enivre d'humiliation
La honte abuse peu à peu de nos corps
Le secret inavouable et la pensé interdite
La puissance est défectueuse quand
Les cris et les plaintes indiffèrent

L'ange, l'ange reçu étranger
Dépourvue de geste, la mère machine
S'exécute parfois en caresses déchirées
L'ange s'est détourné de la matrice
Son cœur de fièvre émietté de ne savoir
Comment le toucher
Comment le nourrir
Comment le saisir

J'ai perdu la tête je l'ai cassée sous mes pieds aujourd'hui
J'ai perdu mes mains je les ai coupées pour ne plus souffrir
De trop te toucher pour trop t'aimer si je te perds après

Eu procuro mamãe
Eu procuro mamãe
Eu procuro mamãe

Cada dia destrói minha vida para sempre de tanto pensar
O vazio esmaga a razão, mamãe é instável, suja
Corpo sem alma, eu me odeio, eu sei disso
Vomito a dor de absorver o horror
De dar à luz o medo

O inferno dentro de mim, imóvel
Criança, você está na minha cama, obscureça meu pavor
(Nascido, alma que sangra, do seu sono turbulento)
Ouça-me, eu não consigo suportar
(A cada instante eu morro, a cada instante eu temo)
Aquela que cria ainda não te reconhece
(Minha boca forçada se fecha, amargura ácida, beba)
Aquela que existe, por que não conseguiu chorar?
(Eu sou você, você é eu, eu estou aqui para sempre)

Durmam, a porta está trancada
Ela queria pensar sem ouvir nada
O leite amargo se perde, o seio apodrecido
Na sua boca enojada
Ela se afunda e vai morrer no fundo
Ela veste uma boneca sem nunca olhar
Sem nunca danificar, torturada

O inferno dentro de mim, imóvel
Criança, você está na minha cama, obscureça meu pavor
(Nascido, alma que sangra, do seu sono turbulento)
Ouça-me, eu não consigo suportar
(A cada instante eu morro, a cada instante eu temo)
Aquela que cria ainda não te reconhece
(Minha boca forçada se fecha, amargura ácida, beba)
Aquela que existe, por que não conseguiu chorar?
(Eu sou você, você é eu, eu estou aqui para sempre)

Unilateral
A aflição é uma marca perfeita que se embriaga de humilhação
A vergonha abusa aos poucos dos nossos corpos
O segredo inconfessável e o pensamento proibido
O poder é defeituoso quando
Os gritos e lamentos não fazem diferença

O anjo, o anjo recebido como estranho
Sem gestos, a mãe-máquina
Se move às vezes em carícias despedaçadas
O anjo se afastou da matriz
Seu coração febril se desintegra sem saber
Como tocá-lo
Como alimentá-lo
Como segurá-lo

Eu perdi a cabeça, eu a quebrei sob meus pés hoje
Eu perdi minhas mãos, eu as cortei para não mais sofrer
De tanto te tocar, de tanto te amar, se depois eu te perder