Há tempos que encilho cedo
Pra meus olhos verem o dia
Compondo a cada Invernia
As invernadas da estância
Meu gateado espicha a sombra
Quando o sol abre os olhos
E se desvia dos molhos
Ganhando o sul e a distância
Sempre a manhã me convida
E me recebe com gosto
Embora o frio deste agosto
Minha alma traz emponchada
Um pouco do que aprendi
Outro pouco da querência
Pois quem tem campo e essência
Não precisa quase nada
Há tempos que não dou pasto
Pra tropa do coração
Talvez pela precisão
Ou por querer chegar antes
Tenho cansado o cavalo
Tenho estendido a boiada
Pois quando mais vou na estrada
Meu rumo fica distante
Talvez a vida me espere
Com sombras pelas pousadas
Rincões de mato e aguadas
Pra quando a estrada findar
Talvez a noite me encontre
Com o poncho ainda emalado
Campeando gado extraviado
Mas com tempo pra chegar
Pois há tempos me garanto
Nas coisas que sei e faço
Não estendo todo o laço
Mas nele tenho confiança
Tenho a palavra mais certa
E entendo bem desta lida
Pois tem vezes que a vida
Rebenta um tento da trança
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