Vi, no calor do meu sertão
Todo o solo estremecer
E o boi, lá no curral, morrer
Vi o açude sem ter água
Me secou até a mágoa
E os meninos sem comer
Sem beber, sem viver
Vi rachar todo o meu chão
Perdi toda a plantação
Nem mandacaru nasceu
Mas nada disso foi tão forte
Quando ao lado eu vi a morte
Rodeando um filho meu
E eu, na frieza do Sol do cangaço
Chorei meu filho em meus braços
Pouco a pouco padecer
E eu, na frieza do Sol do cangaço
Chorei meu filho em meus braços
Pouco a pouco padecer
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