Eu me sinto tolo como um viajante pela tua casa
Pássaro sem asa
Rei da covardia
E se guardo tanto essas emoções nessa caldeira fria
É que arde o medo
Onde o amor ardia
Mansidão no peito trazendo o respeito
Que eu queria tanto derrubar de vez
Pra ser teu talvez
Pra ser teu talvez
Mas o viajante é talvez covarde ou talvez seja tarde
Pra gritar que arde
No maior ardor
A paixão contida, retraída e nua
Correndo na sala ao te ver deitada
Ao te ver calada, ao te ver cansada, ao te ver no ar
Talvez esperando desse viajante
Algo que ele espera também receber
E quebrar as cercas com que insistimos em nos defender
Eu me sinto tolo como um viajante pela tua casa
Pássaro sem asa
Rei da covardia
E se guardo tanto essas emoções nessa caldeira fria
É que arde o medo
Onde o amor ardia
Mansidão no peito trazendo o respeito
Que eu queria tanto derrubar de vez
Pra ser teu talvez
Pra ser teu talvez
Pra ser teu talvez
Pra ser teu
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