Tempo e espaço eu confundo,
E a linha de mundo é uma reta fechada.
Périplo, cíclo, jornada de luz consumida
E reencontrada.
Não sei de quem visse o começo
E sequer reconheço
O que é meio o que é fim
Prá viver no teu tempo é que eu faço
Viagens no espaço,
De dentro de mim.
Das conjunções improváveis
De órbitas instáveis
É que eu me mantenho
E venho arrimado nuns versos,
Tropeçando unversos,
Prá achar-te no fim
Deste tempo cansado de dentro de mim.
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