Le petit train

Raphaël Haroche

O Pequeno Trem

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Le petit train de ma jeunesse
Le petit train s'en va
Au-dessus des toits
Lentement par les fenêtres je le vois
lentement et ne revient pas
Il n'y a rien à dire
Il n'y a rien à faire
Il n'y a rien à dire
Et je me fous

Du temps qui passe
Du temps qui presse
La maladie de ma jeunesse
Je n'ai jamais aimé d'autre personne que moi
Et pas même toi
Et j'étais si heureux avec toi
Et j'étais aussi heureux sans toi

Je me fous du vent
Qui vient qui va
Je ma fous de la vie
Qui finit ou pas
Je me fous de tes histoires de cinglés
Je me fous qu'il pleuve par le toit
Je me fous du malheur du bonheur
De la joie
Et de tout ce temps qui s'en va
Je me fous des chansons tristes
Des clés qui ouvrent des serrures
Je me fous de la vie qui glisse
Je me fous de la terre refermée

Je me fous du karma des étoiles
Du soleil déglingué et des jours sans lendemains
Je me fous du chagrin
Je me fous du chagrin

Le petit train de ma jeunesse
Le petit train qui s'en va
Se cogne et continue tout droit
Je n'avais besoin de personne et personne n'avait besoin de moi
Et j'ai abusé du temps et à présent voilà qu'il abuse de moi

Le petit train de ma jeunesse
Le petit train qui s'en va
Et je n'ai rien dit.

O pequeno trem da minha juventude
O pequeno trem se vai
Acima dos telhados
Lentamente, através das janelas eu o vejo
Lentamente, e não volta
Não há nada a dizer
Não há nada para fazer
Não há nada a dizer
E eu não me importo

Com o tempo que passa
Com o tempo que se apressa
A doença da minha juventude
Eu nunca gostei de outra pessoa que não seja eu
E nem sequer de você
E eu estava tão feliz com você
E eu também estava feliz sem você

Não me importo com o vento
Que vem, que vai
Não me importo com a vida
Que acaba, ou não
Eu não me importo com suas histórias de loucura
Não me importo, que chove sobre telhado
Não me importo com felicidade, infelicidade,
com alegria
E todo esse tempo que vai
Não me importo com as canções tristes
As chaves que abrem fechaduras
Não me importo com a vida que escorrega
Eu não me importo com a terra que se fecha

Não me importo com o carma das estrelas
Do sol, e dos dias sem amanhã
Não me importo com luto
Não me importo com luto

O pequeno trem da minha juventude
O pequeno trem que se vai aos
solavancos, mas continua a ir
Não tive necessidade de ninguém e ninguém precisou de mim
E eu abuso do tempo, e agora veja... ele está a me violar

O pequeno trem da minha juventude
O pequeno trem que se vai
E eu não falo