Outro dia envolto em névoa
Cicatrizes profundas no meu pulso
Eu falhei em viver, eu apenas existo
Dias de mágoa ainda persistem
Sonhos brilhantes de uma vida divina
Consagrados pelas rodas do tempo
Uma escuridão crescente em minha mente
Logo, o sino da catedral vai badalar

Que seja aliviada a minha dor
Eu não posso suportar o que me tornei
Eu vejo minha vida passar diante dos meus olhos
O sino da catedral balada por mim dessa vez

Outra noite envolta em luto
Sem ascendência, sem alívio
Toda a esperança se tornou descrença
Murcha como folhas no outono
No olho da tempestade de outorno
Cada pingo de calor é despedaçado
Meu coração sente-se mal, a minha alma desgastada
Eu queria nunca ter nascido

Há uma beleza em toda a luz desvanescente
Um portal vívido para uma noite divina
Como uma carícia de veludo, que faz tão bem
Como um santuário sagrado fechado
Tornando-se meu
Há um jardim minguante nos meus sonhos
Inundado por mil riachos
Rios de lágrimas que me afogam
Afundando, para baixo, cada vez mais para baixo