Virada de bateria para iniciantes: aprenda como fazer
A virada de bateria é uma alteração no ritmo que serve para introduzir uma nova seção na música. Ao fazer uma ponte, usamos uma variação de batidas com as outras peças do instrumento.
As viradas são um dos maiores desafios para quem está começando na bateria. Para perder o medo, basta observar que elas seguem uma série de regras.
O compasso que está sendo tocado é mantido, mas criam-se novas divisões rítmicas para acentuar outros tempos. Quer saber mais? Vem com a gente!
Como treinar virada de bateria?
A virada de bateria é importante para enriquecer sua técnica. Antes de se aventurar nela, você deve consolidar o controle do ritmo.
Para isso, duas ferramentas são indispensáveis: o metrônomo e o solfejo.
O metrônomo emite pulsos regulares que ajudam a manter o andamento correto durante o treino, garantindo precisão e fluidez.
Ajuste o aparelho em um ritmo lento, como 60 BPM, e pratique viradas simples enquanto se acostuma ao tempo marcado.
Já o solfejo é a prática de vocalizar ritmos, ajudando a compreender as divisões das notas. Para começar, configure o metrônomo em 60 BPM e cante números para semínimas (“1, 2, 3, 4”).
Adicione “e” para colcheias (“1 e 2 e 3 e 4 e”) e palavras como “Ta-ca-di-mi” para semicolcheias.
Essa técnica melhora sua percepção rítmica e facilita a execução de viradas. Agora, confira os exercícios que preparamos para você praticar.
Virada de bateria: aprenda a tocar com exercícios
Antes de começar os exercícios de viradas de bateria, é importante entender como funciona a notação em partitura.
Na bateria, cada elemento do instrumento é representado em linhas ou espaços específicos da pauta, como a caixa, o bumbo e os pratos.

As figuras rítmicas indicam a duração de cada nota, sendo fundamentais para executar os ritmos corretamente:
- Semínima: dura um tempo.
- Colcheia: dura metade de um tempo (duas colcheias ocupam um tempo).
- Semicolcheia: dura um quarto de um tempo (quatro semicolcheias por tempo).
Essa noção básica é importante para tocar viradas de bateria com precisão. Então, vamos lá!
1. Viradas em um tempo
Para começar, a ideia é executar um compasso de ritmo normal para depois acrescentar uma virada.
Neste caso, ela acontece apenas no último tempo e é composta por duas batidas na caixa em colcheias.

Podemos expandir o exemplo fazendo uma batida na caixa e outra em uma nova peça da bateria, ou as duas em outra parte do instrumento. Confira:

2. Viradas em dois tempos (meia virada)
Estes exemplos seguem o mesmo princípio do anterior, mas agora vamos usar dois tempos do segundo compasso.

Também podemos usar as outras peças da bateria:

Uma ideia para ir um passo adiante é usar uma virada em semicolcheia nos últimos dois tempos. Veja:

Lembre-se de variar as peças à vontade, como é mostrado a seguir:

Além disso, podemos misturar a semicolcheia e a colcheia, criando novas ideias rítmicas. Olha só como pode ficar!

3. Viradas em semicolcheia
Com as ideias acima bem dominadas, podemos partir para as viradas em semicolcheia.
Vamos realizar 4 notas a cada tempo, ou seja, um total de 16 notas por compasso.
Dependendo do andamento, este pode ser um desafio, e as viradas começam a chamar a atenção pela velocidade.
Para o primeiro exemplo, serão 4 batidas na caixa, 4 no tom 1, 4 no tom 2 e 4 no surdo.

Agora, vamos variar as peças, criando uma ideia sonora menos linear:

4. Três compassos com virada simples
Agora, vamos fazer um compasso inteiro de virada, ou seja, de quatro tempos.
Para isso, antes de cada uma delas, repetiremos o ritmo base por 3 compassos, para firmar bem o andamento tocado:

Observe como também podemos misturar as figuras rítmicas das colcheias e semicolcheias.

5. Crescendo
Essa é uma virada bem legal para usar na introdução da bateria de algumas músicas, ou para fazer a intensidade subir para um refrão.
A ideia é bater simultaneamente na caixa e no surdo, começando com batidas mais fracas e aumentando intensidade e força a cada toque.
No último tempo, bata bem forte e deixe o bumbo soar uma semínima:

6. Tercina com uso do bumbo
Outra opção é usar as tercinas, um agrupamento de três notas tocadas em 1 tempo. Fique com um exemplo em uma virada comum:

Além disso, também podemos incluir o bumbo nas batidas e criar sonoridades bem interessantes:

7. Gospel chops
Com o passar do tempo e sua evolução cada vez mais clara, você pode entrar no mundo dos gospel chops e tentar praticar esses tipos de viradas, fenômeno bastante popular.

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