Num ranchinho ao pé da serra
Numa tarde de verão
Eu vi uma camponesa socando arroz no pilão
Seu corpinho de boneca e seu rostinho perfeito
Despertou mil sentimentos que morto estavam em meu peito

Soca pilão, soca pilão acompanhe as batidas do meu pobre coração
Soca pilão, soca pilão acompanhe as batidas do meu pobre coração

Aproximei da mocinha e pedi com muito jeito
Morena dai de beber, pra quem tem sede no peito
Depressa me atendeu trazendo-me água fria
Por mais que dela eu tomasse, mais sede meu ser sentia

Soca pilão, soca pilão acompanhe as batidas do meu pobre coração
Soca pilão, soca pilão acompanhe as batidas do meu pobre coração

Quando lhe despedi da moça que ali estava
O vulto pelo caminho meus olhos acompanharam
Olhando pra trás eu vi que ela não descansava
Com uma mão no pilão com a outra me acenava

Soca pilão, soca pilão acompanhe as batidas do meu pobre coração
Soca pilão, soca pilão acompanhe as batidas do meu pobre coração
Soca pilão, soca pilão acompanhe as batidas do meu pobre coração
Soca pilão, soca pilão acompanhe as batidas do meu pobre coração