Na noite escura e prenhe vertia um tropéu de sonhos
Galopando mistério, desejos, segredos
De águas cristalinas das tinas, das sangas
De amoras, pitangas, dos seios crescendo
Como o luar
Lua menina era só cantar
Depois levantina
Aprendeu a amar
Aquele fogo ardia febre de guria
Vinha sempre sorrateiro às vésperas dos dias
E na madrugada, num frenesi de aves
Em revoada, meia lua levantina
Fazia mulher a menina
Depois, faceiro o tropéu se despedia
Deixando o céu da boca banhado de luar
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