Fios de arame farpeando a crioulada
Nas baias potros perto e longe da potrada
Gado de corte confinado dá dinheiro
É um adianto gargoseiam fazendeiros
‘Pra mim é um potro a retouçar livre no mais
Mais valioso que tropilhas de reais'
Em tempos idos neste torrão infinito
Os preadores pousando nos seus ‘benditos'
Campeando gado das imensas vacarias
Era no pago tudo que um índio via
Bem lá na frente como será nossa pampa
Que hoje aramada só lhe falta uma tampa
Me acoquina o que o futuro trará
Se só na changa esta gente quer pensar
Dos velhos tempos alembrados com saudades
Só restam traços em sonhos de liberdade
Quisera Deus que o nosso torrão amado
Se olvidasse das baias e aramados!
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