As margens do arroio Pelotas
Ouvi batuques de negros poetas
Entoando um novo hino de liberdade
Que ecoava em coro pelas ruas da cidade
Preto Mina, Jeje, Nagô
Assentado no sopapo em forma de procissão
Tomei meu lugar na fila e fui ao encontro da multidão
Eis então que a notícia chegou
Tão esperada quanto o sol
E todo lamento virou canto de alegria
Todo instante de tormento se perdeu na poesia
Adormeceu o tempo pra florescer o amor
Em tempos de luta e de sofreguidão senhor
Não se perdeu a fé e a esperança não morreu
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