Eu vivo a rua! E por ela pulsa meu coração
Vejo em cada rosto opaco, uma situação
O guerreiro que é ofendido, tratado feito lixo
Que luta por pedaço de terra, um teto e para ser digno

Observando, voando, nos sonhos da cidade
Em cada, peito que bate cheio de vontade
No adolescente que passo a noite inteira acordado
Que só ver nos livros um futuro igualitário

Ou no outro que também perdeu, noites em claro
Se arriscando de fuzil na mão para ganhar um trocado
Para não ver, mais o pai se arrastando, em meio as obras
E não ter o direito de usar os olhos transborda

Situações vividas que ferem a alma
Que endurece o couro que coloca a consciência em prova
Do lado bom ou ruim, o que mais influencia a vida e assim!
Escolha, o lado que vai te guiar

Pronto pra sair pros corre que o bang e ligeiro
Pronto pra sair pros corre que o bang e ligeiro
Pronto pra sair pros corre que o bang e ligeiro
Tá no sangue e com coragem aqui só consta os verdadeiros
Porque a vida e um corre, é dois palitos cê morre
Fica ligeiro e não se envolve, a segurança não tá nos revolve

Vagabundo tá fazendo um corre pra vida melhor
Mesmo tendo como educação uma carreira de pó
Sendo orientado pelas ponto 40 da quebrada
Vendo, a cada dia o sangue, escorrendo nas causadas

Lembro! De como esse gueto era lindo
Ver as crianças correndo e as mães tudo sorrindo
Dizendo meu filho, o tempo vai passa meu rosto vai
Enrugar destes momentos eu quero lembrar

De te ver todo sujo com terra, até a canela
Todo alegre de brincar nos campos de terra
Não! Como os exemplos da mãe que tanto luto
Pro filho, que se entrego, para o crime e plantar terror

Eu quero ver você, do jeito, que se fala! Nos panos
Estudando e trabalhando, cansado mais prosperando
Vivendo seus sonhos! Como você diz na correria
Eu me esqueci crime mãe, não da magia!