Adeus selva de concreto eu quero voltar pro campo
Viver a vida gaudéria e as lidas que amo tanto
Quero ouvir novamente humores da bicharada
Sentir o vento no rosto cavalgando na invernada
Quero lidar na mangueira, levantar meu doze braça
Dar uma laçada certeira nos chifres do boi fumaça
Derrubar o mestiço a unha nos dias de marcação
Para matar a saudade da vida que leva um peão
Nesta vida da cidade eu jamais serei feliz
Quero voltar pro meu pampa onde deixei minha raiz
Passear nos fins de semana em rodeios e carreiradas
Montar um potro aporreado e me exibir nas chineteadas
Vou tomar leite na guampa pra matar minha saudade
Aqui distante do pampa não tenho felicidade
Eu quero dar uma flor pra filha do meu patrão
Dizer com muito carrinho que dela meu coração
Adeus selva de concreto eu quero voltar pro campo
Viver a vida gaudéria e as lidas que amo tanto
Passear nos fins de semana em rodeios e carreiradas
Montar um potro aporreado e me exibir nas chineteadas
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