Talvez seja eu o primeiro sensato a chegar
Talvez seja eu o tal bruxo Zeivar que te encara em silêncio e te tira o ar
Talvez seja eu aquele que não se pode citar o nome
Talvez seja eu aquele que ainda tem medo de lobisomem

Mas para ser eu deveria ter mais que só um violão
Para ser aquele bonito preciso seguir um padrão
Para mendigar um tostão, ou talvez estrelar na tv
Não preciso da sua aprovação para provar tudo que eu posso fazer

E lá na janela escorado estava o cego seu valdo
Mas que homem de sorte que enxerga muito além do doutorado
Que pra ele não importa o tamanho da ponta do seu nariz
Se você tiver um momento pra deixar seu valdo feliz

Pode pouco esperar se você só por fora olhar
Mas não posso esperar de quem pensa que sabe votar
Se tua hipocrisia refletisse no brilho do seu cabelo
Talvez assim os milhões soubessem quem é que te olha no espelho