Não deixe o meu cadáver apodrecer na necrópolis
Não deixe meus crimes serem levantados contra mim aqui na terra
Mantenha minha carne e ossos à salvo dos vermes
E que nenhum suposto Deus trespasse meu túmulo

Você cujo coração foi preso no teu seio
Salve-me das devastações do apodrecimento
Aqueles demônios rastejantes que roubam os membros
Aqueles cadáveres que negam a verdade inevitável
A vida de Osíris é o céu e é deles o chão

Salve-me daqueles aprisionados em Duat
Aqueles que não sabem que estão mortos

Salve-me dos mortos apodrecidos
Aqueles que dormem dentro dos seus cadáveres
De quem torna sua respiração fogo dentro da água
Queimando o mar da manhã nascente

Permita a chama da imolação
Queime meu sarcófago
Em oposição aos senhores da eternidade
Imploro-lhe
Impeça meu cadáver de se putrefazer no reino dos mortos
Eu queimo