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Romance do Batará

Noel Guarany

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Descascou lá no potreiro
Perto de um caraguatá
De uma galinha baguala
Que chocou ao Deus dará
Do imenso catre do chão
Nasceu meu Batará

Igual um piazito arteiro
Cheio de manha e fuzarca
Grosiava os outros a ferro
Com aços de sua marca
Pois já no romper da casca
Tinha um aprumo monarca

Nas longas noites pampeanas
De frio e de serração
Quando o silêncio contava
Segreditos pra amplidão
Abria o peito de taura
Na timbaúva no oitão

Depois rompeamos pra o povo
Batoques e rinhedeiros
E pulperias machaças
Traçou os trunfos primeiros
Tramando pua torena
Na sombra dos candieiros

Andamos pelas fronteiras
Dos tempos que eu gauderiava
Cada puaço murrudo
Que meu Batará atirava
De longe se parecia
Que o mundo se desplumava

Nas suas ânsias selvagens
Peleava o primeiro arranque
Batia as asas pachola
Para a lavada no tanque
E quando num passeador
Era um potro no palanque

Se pegava uma barbela
Cortava que era uma faca
E tantos galos de fama
Deixou torto e tararaca
Um dia em Taquarenbó
Não pude fechar a guaiaca

Assim nas noites desperto
Palanqueando a solidão
Lembrou de nossas cruzadas
Por este mundo pagão
E chego a ouvir o teu canto
Na timbaúva do oitão

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