A noite chega, ansiedade acompanha
E o silêncio nos ouvidos parece gritar
O coração que pouco a pouco acelera
Pois os temores se amplificam à luz do luar
Cada minuto que vai passando lentamente
É um peso nas pernas que torna difícil o caminhar
Já não consegue ser o mesmo inconscientemente
Uma prisão sem muros que tenta te sufocar
Refém do medo, preso em seus pensamentos
Se perguntando como se tornou seu próprio algoz
Por um instante a tempestade foi maior que tudo
Por um instante cê deixou de ouvir sua voz
Se encolhendo na escuridão do quarto
Se vê perdido em meio a um mar de frustração
Estando vulnerável, corre para o seu abrigo
Que só encontra quando planta os joelhos no chão

Ajude-me, Senhor, não me deixe afogar
Sobre esse mar revolto me faça caminhar
Em Tua direção
Perdoa, oh Senhor, a minha pequena fé
Segura em minhas mãos, coloca-me de pé
Eu afundei, mas Tu me salvaste outra vez

Entre um remédio e outro só ouço a voz do medo
Entre um segundo e outro se torna um pesadelo
Não há lugar, ninguém pode me socorrer
Minha mente me sabota e só penso em morrer
Meu barco a deriva à procura de um cais
Os ventos açoitando não vão me deixar em paz
Em um passo de fé resolvo enfrentar o mar
Essas ondas gigantescas não vão mais me intimidar
Um passo em falso, vacilo na fé e começo a submergir
Fechando os olhos e pouco a pouco eu sinto o ar se esvair
Envolto em trevas me vejo sozinho tateando na escuridão
Ao longe escuto o Teu chamado é quando enxergo a tua mão
É como uma flecha rompendo barreiras que vem e me tira o temor
A voz do Santo Imaculado que num madeiro se fez Salvador
Tirando a dor, então, o medo e culpa desaparecem
Essa é a voz do Homem a quem o vento e mar obedecem

Ajude-me, Senhor, não me deixes afogar
Sobre esse mar revolto me faça caminhar
Em Tua direção
Perdoa, oh Senhor, a minha pequena fé
Segura em minhas mãos, coloca-me de pé
Eu afundei, mas Tu me salvaste

Ajude-me, Senhor, não me deixe afogar
Sobre esse mar revolto me faça caminhar
Em Tua direção
Perdoa, oh Senhor, a minha pequena fé
Segura em minhas mãos, coloca-me de pé
Eu afundei, mas Tu me salvaste outra vez