Sempre quando olho bem nos olhos seus
Sempre bolero milonga, mas quase canção
Resto de guarânia faz parte da solidão
Sempre quando meu demônio encontra Deus
Sempre quando olho bem nos olhos
Sempre a noite a escuridão traz os seus
Carregando as criaturas que a luz expulsou
Sempre olho nesses seus olhos castanhos ateus
Sempre fico, por que a noite é quando sou
Sempre olhando nesses mesmos olhos
Mas nunca se for de manhã
Nunca quando é verão
Jamais quando a noite é clara e tem sombras no chão
Vou me embora, cúmbia em frevo é clarão
Não chore não
Pense em quando olho bem nos olhos
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