Vim de uma província de angola
Pra contar uma história
Do meu avô filho de benguela
Lá em bocoio foi um rei
Um negro madeira de lei
Aqui escravo do domínio português
Até o mar chorou
De ver seu povo partir aglutinado naquele navio
A mão do pescador também chorou de dor
E agradeceu porque descobriu o brasil
Nzambi nzambi wa quatesá
Zambelê zambi no arerê
Aweto
Viva o povo de benguela
Vou me banhar na água sagrada
Da imensidão da baía azul
Pra vê se vejo o rosto do guerreiro
Que saiu do gueto e veio pro o olodum
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