El Abuelo
Aerstame
El Abuelo
Aquella tarde
Las cosas no andaban muy bien con mis pensamientos
Salí a caminar por mi barrio
Los pies me llevaron al parque
Me senté en una banca
De pronto un abuelo se sentó al lado mío
Y él me dijo, mijo
¡Hola, joven! - ¡hola! - vengo de la calle 15
Me llamo gabriel, viudo de la vieja cristel
Talvez no te importe, pero te veo triste
Tus ojos hablan por ti, las lágrimas resisten
No sé el motivo de lo que te enviste
Yo puedo ver las auras y la tuya es un quiste
Perdón ¿te estoy molestando? Este anciano persiste
¿Qué puede ser tan malo? Dime que es lo que perdiste
¡Hola! Soy camilo, no he perdido nada, tranquilo
Solo que no sé, siento que yo soy el perdi'o
Pienso demasiado y no he podi'o quedarme dormi'o
Me siento como anclado, tanta fama y tan hundi'o
Yo canto, tío, soy algo conoci'o
Pero cuando no lo era no existían líos
Es plena primavera y siento tanto frío
Claro, no he encontrado la mujer, el amor no es mío
Un gusto, joven, a un cigarrillo te invito
No conozco tu música, pero te felicito
Lloras por nada ¿qué queda para este viejecito?
Eres bendito, hombre, no veo cual es el delito
Te contara mi vida de leyendas y mito
Casa'o tres veces, separa'o más de cinco
Fui capitán de un barco y tortura'o por milicos
20 Años de exilio pa' la argentina, ni te explico
Estaba escrito cuando perdí a mi hijo
Morí junto con él, pero reviví en el rito
Tu estás cabrito, ay, me recuerdas a pedrito
¡Cómo lo extraño! Buenos años, los reviviría toditos
Eres músico, me dicen rambo, cuídate del mambo
Somos colegas, en mi tiempo yo era rey del tango (wua)
Alcohol y drogas en mi en alto rango
Me consumieron, pues aun estaría cantando
Muchos años me vieron pasar (tantos años)
Por la sombras de la soledad (soledad)
Y en mis hombros cargando un dolor
Que a nadie quería contar
Y ahora me das tu amistad (te doy gracias)
Recordándome quien era yo (gabriel)
Si tuviera la oportunidad (si pudiera)
De a mi gente pedirle perdón
Después de haber viajado por mis propios recuerdos
Giré para volver a mirar al abuelo
Pero ya no estaba
Ahora pienso que no es eterno cada momento
Que debemos aprovechar al máximo nuestro tiempo
Para que cuando lleguemos a viejo
No caigamos en arrepentimiento
Naquela tarde
As coisas não andavam muito bem com os meus pensamentos
Saí a caminhar pelo meu bairro
Os pés me levaram ao parque
Me sentei num banco
De repente, um tiozinho se sentou ao meu lado
E ele me disse, mermão
Oi, jovem! - Oi! - Venho da rua 15
Me chamo Gabriel, viúvo da velha Cristel
Talvez não te importe, mas te vejo triste
Teus olhos falam por ti, as lágrimas resistem
Não sei o motivo do que te aflige
Eu posso ver as auras e a tua é um quisto
Perdão, estou te incomodando? Este ancião persiste
O que pode ser tão ruim? Diz-me o que foi que perdeste
Olá! Sou o Camilo, não perdi nada, tranquilo
Só que não sei, sinto que eu sou o perdido
Penso demais eu não tenho conseguido dormir
Me sinto tipo ancorado, tanta fama e tão arrasado
Eu canto, cara, sou meio conhecido
Porém quando não era, não existiam confusões
É plena primavera e sinto tanto frio
Claro, não encontrei a mulher, o amor não é para mim
É um prazer, jovem, a um cigarro te convido
Não conheço tua música, mas te parabenizo
Choras por nada, o que sobra para este velhinho
És abençoado, homem, não vejo qual é o delito
Te contasse minha vida de lendas e mito
Casado três vezes, separado mais de cinco
Fui capitão de um barco e torturado por milicos
20 anos de exílio pra Argentina, nem te explico
Estava escrito quando perdi meu filho
Morri junto com ele, mas revivi no rito
Tu estás cabrito, ai, me lembras o Pedrito
Como sinto falta dele! Bons anos, os reviveria todinhos
És músico, me chamam de Rambo, cuidado com o mambo
Somos colegas, no meu tempo eu era rei do tango (ah!)
Álcool e drogas em mim no Alto Rango
Me consumiram, pois ainda estaria cantando
Muitos anos me viram passar (tantos anos)
Pelas sombras da solidão (solidão)
E em meus ombros carregando uma dor
Que a ninguém queria contar
E agora me dás tua amizade (te dou graças)
Recordando-me quem era eu (Gabriel)
Se tivesse a oportunidade (se pudesse)
De ao meu povo pedir perdão
Depois de haver viajado por minhas próximas lembranças
Virei para voltar a olhar para tiozinho
Mas já não estava
Agora penso que não é eterno cada momento
Que devemos aproveitar ao máximo nosso tempo
Para que quando fiquemos velhos
Não caiamos em arrependimento
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