Como portas que se fecham
Olhos que se cortam
Intuição que se sente
Dor que se chora
Cor que transforma
Vinho que embriaga
O som que detona
Onda que se choca
Pedra que sustenta
Mão que te levanta
Uma rajada de vento
Num escuro que deturpa
A palavra que concentra
O silêncio que desponta
O ofego que adormece
A fome que devora
Miúro, o coração delira
Como voz que a nada fala
Tom que a nada toca
Vida que não ilumina
Chão que nos devora
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