Do sertão vem a saga
Da família que vaga em clamor
Pelas mãos do vaqueiro, o rumo
Na balança de uma vida sem prumo
Entre idas e idas
Novas ordens pra antigas lidas
Pelas mãos da Sinhá, o fervor
De quem não desistiu do amor
Pra deitar num futuro melhor
É preciso que a fé não adormeça
Mesmo quando o castigo é pior
E a lembrança da perda não sai da cabeça
Cada sonho que morre
Alimenta a fome da dor
Qualquer canto é casa
Mas, no chão em brasa
Não brota mais flor
Cada gota que escorre
Traz o gosto do mar que secou
Qualquer sombra é casa
Mas, no chão em brasa
Só resta uma cor
Da mudança à fuga
Treze atos de superação
Sem nobreza, a contestação
Sem o dom da palavra, a prisão
Da história ao acaso
Leito de um rio raso
Morte em nome do alívio é cruel
Quando a dor faz o homem cumprir seu papel
Pra deitar num futuro melhor
É preciso olhar para a frente
Mesmo quando o vazio é maior
Que certeza que o mundo vai ser diferente
Cada sonho que morre
Alimenta a fome da dor
Qualquer canto é casa
Mas, no chão em brasa
Não brota mais flor
Cada gota que escorre
Traz o gosto do mar que secou
Qualquer sombra é casa
Mas, no chão em brasa
Só resta uma cor
Cada sonho que morre
Alimenta a fome da dor
Qualquer canto é casa
Mas, no chão em brasa
Não brota mais flor
Cada gota que escorre
Traz o gosto do mar que secou
Qualquer sombra é casa
Mas, no chão em brasa
Só resta uma cor
Ô ô ô ô! Só resta uma cor
Ô ô ô ô! Só resta uma cor
Ô ô ô ô! Só resta uma cor
Ô ô ô ô! Só resta uma cor
Ô ô ô ô! Só resta uma cor
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