Um eremita cego no esquecimento, desgraçado
Como Ulisses perdido no domínio sem fim de Poseidon
Em um reino desprovido de consolo, eu vago
Mas essas tristezas são minhas e só minhas
Rebelde como um vira-lata perdido
Estéril eu levanto o peso torturante de Atlas
Estou perdido em um momento e o momento está perdido em mim
Mas vou suportar uma nova vida em minha agonia

Com a alma aberta
Com o corpo dividido violentamente
Eu sangrei por você
Agora você sangra por mim

Eu não possuo a destreza de poderosos bardos e poetas
Sem ambição de evangelizar
No entanto, há poesia na minha blasfêmia para ser liberta
Então cante sobre suas putas imundas, profanas e tão malignas

Com a alma aberta
O corpo com fendas sem limites
Eu chorei por você
Agora você chora por mim

Com corações profundamente queimados
Feridas chorando sangue
Eu me queimei por você
Agora queime-se por dentro e por fora

Empreste-me seu ouvido
E atenda minha oração
Incline teu olho que tudo vê
E atenda meu chamado
Este grito de guerra nunca poderia ser silenciado
Mas não chorem mais, meus irmãos
Vosso trabalho hercúleo durará para sempre
(Para sempre)

Durará para sempre
(Para sempre)