Cantores de samba antigos que marcaram seu nome na história
Confira alguns dos cantores que fizeram sucesso no gênero e são referência para outros artistas até hoje!
O samba, um dos ritmos mais queridos do Brasil, foi influenciado por diferentes ritmos e tradições musicais. E foram os cantores de samba antigos que contribuíram para que o gênero se difundisse e se tornasse reconhecido no mundo todo.
Mesmo sendo um dos ritmos mais populares do país, o samba foi oprimido e marginalizado em sua origem. Neste texto, vamos abordar um pouco sobre a história do samba e listar alguns dos artistas que participaram de sua afirmação como parte da identidade do brasileiro.
9 cantores de samba antigos que são considerados estrelas da velha guarda
Com suas origens na cultura africana, o samba é uma importante expressão da identidade musical brasileira.
Através de ritmos como o lundu e o maxixe, o samba recebeu influências de pessoas como Tia Ciata e outras mulheres que, juntas, acolheram em suas casas as primeiras rodas de samba, fundamentais para o desenvolvimento do gênero.
Apesar da perseguição e do preconceito, o samba se popularizou com a migração para o Rio de Janeiro. Lá, ele se encontrou com a polca, o xote, entre outros estilos, moldando-se no fenômeno cultural que conhecemos e celebramos hoje.
Para celebrar o gênero, trouxemos uma lista com nove artistas que não apenas contribuíram para a ascensão do samba, mas também solidificaram seu lugar como patrimônio cultural do Brasil.
Cartola
Agenor de Oliveira, mais conhecido como Cartola, viveu o samba desde jovem ao fundar a famosa escola de samba Estação Primeira de Mangueira.
Seu primeiro álbum, lançado tardiamente em 1974, revelou um talento imenso que influenciou gerações e resgatou a essência do samba.
Na videoaula abaixo você pode aprender As rosas não falam, uma das músicas que marcaram o ressurgimento do cantor e compositor:
Noel Rosa
Nascido no Rio em 1910, Noel Rosa foi um gênio precoce do samba. Com mais de 200 composições, como Feitiço da Vila e Com Que Roupa, ele trouxe humor e crítica social para a música brasileira.
Seu impacto segue vivo, inspirando artistas como Teresa Cristina que o homenageou em um álbum.
Clementina de Jesus
Conhecida como Rainha Quelé, Clementina de Jesus foi uma das mais importantes cantoras de samba, responsável por resgatar a memória cultural afro-brasileira com sua voz inconfundível.
Ao chamar a atenção Hermínio Bello de Carvalho, um dos maiores compositores cariocas da época, Clementina ganhou destaque e alcançou nível internacional, gravando seu primeiro disco em 1966.
No mesmo ano, representou o Brasil no Festival Mundial de Arte Negra, no Senegal.
Adoniran Barbosa
Nome artístico de João Rubinato, Adoniran Barbosa é um dos grandes cantores de samba de São Paulo.
Além de cantor e compositor, ele também era ator e humorista, ganhando diversos prêmios pelo seu trabalho na rádio e destaque ao atuar em vários filmes.
Nas batidas do grupo Demônios da Garoa, Adoniran marcou gerações com canções como Trem das Onze, que você pode aprender a tocar aqui:
Ivone Lara
Primeira mulher na ala de compositores da escola de samba Império Serrano, Dona Ivone Lara quebrou barreiras e deixou sua marca na história.
Ao lado de Silas de Oliveira e Bacalhau, escreveu um dos mais belos sambas-enredo da história, Os Cinco Bailes da História do Rio, que comemora os 400 anos da cidade.
Além disso, antes de se dedicar exclusivamente ao samba, teve papel importante na reformulação do tratamento psiquiátrico no Brasil, ao lado da médica Nise da Silveira.
Jovelina Pérola Negra
Jovelina Faria Belfort, conhecida como Pérola Negra, soube representar muito bem o legado das vozes femininas do samba. Começou a ser notada nos pagodes de Tia Doca, sambista e pastora da Portela, gravando seu primeiro álbum aos 40 anos.
Ela se destacou como uma mestre do partido-alto, estilo de samba que valoriza a improvisação de versos depois do refrão, além de ter sido uma das primeiras a explorar o gênero da época que viria a se tornar o pagode.
Sorriso Aberto e Luz do Repente marcaram a obra da cantora, que ao todo gravou cinco álbuns.
Martinho da Vila
Um dos maiores nomes do samba brasileiro, Martinho da Vila lançou seu primeiro sucesso em 1968. No ano seguinte, foi responsável por músicas que marcaram sua carreira como Quem é do Mar Não Enjoa.
Assinou várias composições da tradicional Unidos de Vila Isabel, com destaque para o samba-enredo Kizomba, Festa da Raça, que garantiu o título do carnaval carioca em 1988.
Paulinho da Viola
Herdeiro do talento de César Faria, Paulinho da Viola é violonista, cavaquinista, compositor, bandolinista e cantor de destaque dentro do samba. Desde cedo, teve a oportunidade de conviver com grandes nomes do choro, como Pixinguinha.
Além de grandes composições, como Foi um Rio Que Passou em Minha Vida, também lançou o álbum Memórias Chorando, tocando apenas choros.
Beth Carvalho
Apesar de ter começado sua carreira na bossa nova, Beth Carvalho teve grande destaque no samba, além de ter sido responsável por incentivar a carreira de outros grandes nomes do gênero como Arlindo Cruz, Zeca Pagodinho e o Grupo Fundo de Quintal.
Conhecida como “Madrinha”, lançou 33 discos em seus mais de cinquenta anos de carreira e resgatou a obra de Nelson Cavaquinho.
Entre seus maiores sucessos, está a música Vou Festejar, que se tornou um hino para muitas torcidas de futebol do país.
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