6 técnicas de mão direita no violão
Domine a dinâmica, velocidade e precisão com as técnicas de mão direita!
Dominar as técnicas de mão direita é importante para quem busca tirar um som limpo, com bom volume e dinâmica.
Muitas vezes, a dificuldade em executar certas músicas não está na montagem dos acordes, mas na forma como se ataca as cordas.
Vamos mostrar os movimentos que você precisa conhecer para destravar a agilidade e ter mais controle sobre o instrumento. Vem com a gente!
Principais técnicas de mão direita para dominar no violão
Abaixo, listamos as técnicas fundamentais que você encontrará em diversos estilos, do violão clássico e fingerstyle ao rock e MPB. Dominá-las é essencial para ter versatilidade.
Vale lembrar que usamos referências para destros. Se você é canhoto, basta aplicar os mesmos conceitos à sua mão esquerda. Vamos?
1. Arpejos
Os arpejos são a base do dedilhado no violão. A técnica consiste em tocar as notas de um acorde em sequência (uma por uma), em vez de todas juntas.
É um recurso expressivo. O Estudo Nº 11, de Villa-Lobos, é um grande exemplo na música erudita.
Já na música popular, clássicos como Dust in the Wind, do Kansas, e Stairway to Heaven, do Led Zeppelin, são construídos inteiramente sobre arpejos.
2. Tremolo
O tremolo é a técnica onde os dedos indicador (I), médio (M) e anelar (A) pinçam a mesma corda em sequência, enquanto o polegar (P) realiza um arpejo nas cordas mais graves.
Mecanicamente, o movimento é muito similar a um arpejo na ordem P-A-M-I. A obra Recuerdos de la Alhambra, de Francisco Tárrega, é o exemplo clássico dessa aplicação.
Uma dica é começar com arpejo simples em cordas diferentes. Depois, repita o mesmo padrão tocando com I e M na mesma corda, mantendo o dedo A na primeira corda.
Em seguida, A e M na primeira corda, enquanto I está na segunda. Por fim, A-M-I estarão todos na primeira corda.

Um último passo é escolher acordes simples e utilizar a nota mais aguda de cada um para realizar o tremolo.
O objetivo é fazer com que essa nota soe como longa, sustentada por cima do acorde arpejado pelo polegar.
3. Toques com e sem apoio
O ataque da mão direita define o timbre e existem duas formas principais de pinçar as cordas, em toques sem e com apoio.
No primeiro, o dedo pinça a corda e retorna livremente, sem encostar na corda vizinha. É o padrão para os arpejos.
Já o com apoio, após tocar, o dedo repousa na corda imediatamente acima (ou abaixo, no caso do polegar). Isso gera um som mais encorpado, firme e potente.
O importante é tentar manter o mesmo formato da mão direita, sem esticar os dedos, para não criar tensão.
4. Escalas
As escalas também fazem parte das técnicas de mão direita no violão. Porém, é mais desafiadora por exigir resistência e sincronia de ambas as mãos.
Tradicionalmente, as escalas são executadas com dois dedos (I e M).
Para alcançar maior controle e velocidade, é comum utilizar três dedos (I-M-A).
Um bom exemplo de música que utiliza muitas escalas é o Concierto de Aranjuez.
5. Picado
Termo do violão flamenco, o picado é uma técnica mais avançada, utilizada para passagens melódicas rápidas e definidas.
Tocar mais próximo ao cavalete ajuda a obter o timbre brilhante característico dessa técnica.
6. Rasgueados
O rasgueado (ou rasgueio) é a técnica de percutir as cordas em um movimento de “varredura” com os dedos, criando uma base rítmica cheia e intensa.
Embora tenha muitas variações complexas no flamenco (usando todos os dedos), o conceito básico é muito útil para levadas de rock, pop e MPB.
O movimento deve vir do pulso, que precisa estar solto. Não use força excessiva; a velocidade e o “estalo” dos dedos geram a potência sonora naturalmente.
Como treinar e desenvolver a mão direita?
Enquanto a mão esquerda define as notas, a mão direita é responsável por controlar o ritmo, o timbre e a dinâmica.
Desenvolver essa mão permite sair de uma execução robótica para um desempenho expressivo e com pegada.
Para desenvolver as técnicas de mão direita, recomendamos:
- praticar diferentes ordens de dedos (ex: indicador-médio, médio-anelar, polegar-indicador) para ganhar independência;
- utilizar diferentes ritmos para aplicar as técnicas em diferentes contextos;
- preparar os dedos, antecipando o movimento daquele que tocará em seguida;
- utilizar o metrônomo e repetir os movimentos com calma.
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Marco Teruel
Marco Teruel é músico e violonista, com mestrado pela USC Thornton School of Music (EUA) e doutorado em música pela UFMG. Seus interesses musicais incluem o repertório do violão clássico, a música dos séculos XVI e XVII, a música brasileira e o heavy metal.