Agora que não sabes mais de mim
Não sei se por acaso ou por vontade
Planta mais um cravo no jardim
E chora uma vez mais esta saudade
Odeia-me à vontade, trai lembranças
Deixei o nosso amor mas não o acabo
Sou isto, a revolta de crianças
Nascidas do meu Deus e o diabo
Sou povo angustiado e madrugada
Num corpo masoquista em solidão
Sou sempre a nossa história inacabada
Sou o sangue por chegar ao coração
Ainda que procure o mesmo fim
Que esteja à minha frente sem saber
Agora que não sabes mais de mim
Talvez eu ‘inda esteja por nascer
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