Cifra Club

Romance de Primavera (part. Aclor, Prod I, Go)

Dorgô

Ainda não temos a cifra desta música.

Cheio de coisa pra fazer, eu aqui pensando em você
Tenho que acordar cedo, não consigo dormir
Tento botar pra fora tudo o que eu sinto
Sendo que (o que) eu sinto te faz existir
Te faz resistir
Te faz florescer
Tudo que eu fiz pra chegar aqui
E te ver nascer
Tive que correr
Disposta a sangrar
Com papel e caneta, uma parte da vida
Enfim, te batizar

Eis que surge a correria no meio da poesia
Tanta coisa que as vezes embola a mente
Escreve letra no vagão, pede um beat pro irmão
Na empresa, cuidado com o gerente
Que geralmente tem mais um pouquinho de salário
E ainda não entendeu que é agente ou usa a gente
E mesmo após se ver dentro de um estado precário
Ficou do lado do patrão e escolheu seu presidente
Não falo do presente pois ele é passageiro
Não falo do dinheiro pois ele é passageiro
Quando falo de mim, pergunto: Qual o paradeiro?
Pois me sinto perdido aqui no Rio de Janeiro

De janeiro a janeiro em roda cultural
De março a março deságua um slam
Toda primavera brota um sarau
E cada abraço garante um amanhã
De janeiro a janeiro em roda cultural
De março a março deságua um slam
Toda primavera brota um sarau
E cada abraço garante um amanhã

Bom dia, mundo! (Bom dia, minha Baixada Fluminense!)
Diretamente de um caderno que cabe no bolso
Lembro do meu nascimento e do exato momento toda vez que esse beat eu ouço
Eu sou o futebol, o fusca,
Eu sou o pique-pega,
Eu sou banho de sol, eu sou alvo de celas,
Eu sou cada soldado que abaixou a arma na guerra,
Eu sou o professor que ensina as verdades da Terra
Eu sou o pedreiro, a diarista,
Eu sou o padeiro, a colunista
Que não tá nos jornais, mas tá falando da favela
Sou cada um que habita [n]ela
Eu sou o que acontece dentro de cada viela
Eu sou o beco, eu sou a quadra e os enquadro' que rola nela
Eu sou do bem, sou. Eu sou do mal,
Isso é perspectiva, mas creiam que sou real
Mais valioso que dólar, mais valioso que euro
O sonho de jogar bola, realidade de um emprego
Eu sou o pão, eu sou o café
Sou cada guerreiro que às cinco tá de pé
Eu sou a comunidade longe de religião
Eu sou a felicidade em ter arroz e feijão
Eu sou o camelô, eu sou a arte no vagão
Eu sou o cobrador e o calote no busão
Eu sou o que nós somo', cada dia em que se vive
Eu me chamo poesia, e sou o porquê nós ainda vive'

De janeiro a janeiro em roda cultural
De março a março deságua um slam
Toda primavera brota um sarau
E cada abraço garante um amanhã
De janeiro a janeiro em roda cultural
De março a março deságua um slam
Toda primavera brota um sarau
E cada abraço garante um amanhã

E o nosso show vai ficando por aqui
Muito obrigado a todes que ficaram até o final
Aqui quem fala é DJ Dorgô, diretamente de Morro Agudo.

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