Suas hortas são imensas, cruzam rodovias, cidades inteiras
Se perdem no horizonte, vão além do horizonte, parecem sem fronteiras
Seus donos são crenças, cruzam gerações, criam legiões
Perpetuam em nossas mentes, mandam em tantas mentes, parecem religiões

Seus métodos são bizarros, há trabalhadores feito cigarros
Os consomem até o fim, os descartam depois do fim, tratados como esparros

Um por todos só nas palavras, algumas mulheres assim falavam
Trabalham o dia inteiro, descansam no canteiro, tratados como se escravizam

Isenções, privilégios ao inverso
Eis os novos latifundiários donos do universo
Ilusões, vestígios de um sonho
Cujo os latifundiários destroçam com seus planos

Seus feitos pendem pro lado e assim tem sido veja o passado
Não há mudança pro futuro, nem vejo um futuro, sonhos endossados

Nosso defeito não tem jeito é um ciclo vicioso, um ciclo imperfeito
Como despertar de um sonho, se estamos enfadonhos, planos sem efeito

Isenções, privilégios ao inverso
Eis os novos latifundiários donos do universo
Ilusões, vestígios de um sonho
Cujo os latifundiários os destroçam com seus planos