Cê me pergunta se eu ando bem, eu nunca sai o que te responder, se o sorriso que eu tenho todo mundo tem, se eu sorrisse cê não ia ver, não ia ver

Amor de confesso mudei, até me vestir bem melhor, o dinheiro não compra passado eu sei, mas me paga um futuro melhor, o copo é raso afubdei, agora aplaudem meu lado pior, lembro dos manim que matei com palavras enquanto as contas de casa formavam um verso sem dó, a mão de Oxalá afroxou o meu nó a corda rompeu me impediu de morrer

Viva a vida não olhe para trás, eu sei somos bons em partir, também somos bons em lembrar, e eu lembro do cê toda hora, enquanto reclamo que eu fumo de mais, os Deuses da rua me curam de ti, eu quase morri quem vai me aplaudir, eu sua pele eu não posso tocar mas eu posso sentir, assim como sinto que certos momentos não voltam, seja melhor do que eles pra que?

Inimigos não vão te acalmar, eu olho de cima do palco e você não está lá, você estava certa em falar que o nosso maior espetáculo é parados no quarto, porque lá me derrapo nas curvas do corpo e pra ser sincero é lá que me acho, me sentia morto, só ela me rasga na fala eu sou poesia minha alma é a tara, meu verso é a casca

Cê me pergunta se eu ando bem, eu nunca sai o que te responder, se o sorriso que eu tenho todo mundo tem, se eu sorrisse cê não ia ver, não ia ver