Eu sou forró, eu sou protesto, eu sou resistência
Sou nordestino nato em meio a tanta resiliência
Eu sou a sanfona que chora no meu sertão
O chão rachado por falta d'água, onde morre o alazão
Eu sou a flor que ressurge na laterização
A imanência mais sublime ressoada na canção

Eu sou forró, eu resisto no dedilhado da sanfona
Sou cada nota entoada, onde você se emociona
Canto Brasil, canto nordeste, canto amor
Sou sanfona marcada, em qualquer canto que eu vou
A resistência suprimida, insultada e revogada

As pedras e espinhos que dificultam a caminhada
Se pra ser forró eu resisto?
Assim sigo cantando
Eu me chamo nilton alex, e levo a vida forrozando
Sou forró com resistência, por mais 500 anos