Travesseiros molham entre soluços que intertecalam
Ninguém cala choro com um gesto de abraço
Sem muitas perguntas, lágrimas e feição falam
Gritam de saudade por não tá mais nos teus braços
(Eu) posso não pirar, isso é alívio
Espairecer, não consigo
Tudo é tão são contigo
Astros gritam ódio a virgo
Nisso somos um cadinho parecidos
Nisso fomos
Dois corpos de luzes, num encontro enigmático
Tanta sintonia que parece até mentira
Se ouvisse falar, diria que não acreditava
Bom mesmo é viver, e não é sobre, quem diria
Olho no meu olho, frente ao espelho, quanto tempo
Ganho me olhando e ao meu lado o teu corpo
Né sobre romance, ou paixãozinha de momento
É sobre sentir e permitir sentir o outro
Quem disse?
Que amor é tempo, é bem mais sobre construção
Projeção de heras frente a numerologia
Fosse coisa fácil, tava tudo desvendado
Divindades múltiplas abraçam essa magia
Se amar é tempo, vingaria a solidão
As explicações teriam créditos do acaso
Pareço poeta de bar bebado, mas não
Bebo quando triste, prefiro evitar estrago
Trago no meu corpo o que não consigo fumar
Embriago no trincar de taças sob a Lua
Garrafas antigas fazem o melhor decorar
Tipo mãos entrelaçadas com aneis na sua
Meu passado falho não se permitia chorar
Tava me aturando, sendo ator e tava a toa
Há pessoas que nos mudam sem se esforçar
Companhia casa até na rua se faz boa
Companhia casa até na rua se faz boa
Companhia casa até na rua se faz boa
Companhia casa até na rua se faz boa
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