A voz do pássaro noturno
Tem a cor da alma do inverno
Qual bigorna ecoando em martelo
Qual resposta do ferro ao estanho
No instante extremo do invento
O primeiro dos raios que se perde
É achado na noite ao viajante
Rechaçado é como arpão cortante
Que perfura e prende o inocente
Na fagulha que salta pra morrer
A ventura que exalta a escuridão
A saudade vos faça entender
O ditoso cantar do rouxinol
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