Vejo que amanhece o dia
E no peito uma agonia
Passou com o ontem que se foi
E com ele minha infância
Onde a interrogação mais frequente era
Quando chegará o amanhã?
Quando chegará o amanhã?
E hoje em meio à barba
Desmocidade, achismos
Preocupações, nervosismo
Olho pra dentro de mim
E respondo a pergunta
Daquele mininim
É verdade, o amanhã chegou tão cedo
Que eu nem tive tempo de esperá-lo!
E esse amanhã mal amanhece
Já o chamamos de hoje
E no depois de amanhã
Se por acaso lembrarmos
O chamaremos de ontem!
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