Um olhar acende a luz da inspiração
Vem ilustrar em preto e branco meu agreste
No taco da umburana, a matriz traçou
A xilogravura de um matuto sonhador
Nos muros vão retratar
A lida de sua gente
Nas feiras, nuvens de balões
Folheteiros de ilusões
Doces, frutas e piões
O barro é ouro nas margens do ipojuca
Floriu da palma o alimento dessa luta
Contra o monstro do sertão
Seca danada como essa ninguém viu
Vamo simbora que asa branca já partiu
Meu padim faz chover
São Jorge não vença o dragão
Quem carrega a fé pra valer
Vai seguindo a procissão
Estrelinhas lá no céu alumiam bezerros
É São José padroeiro
(É ou não é?)
Qual muié pôs o cão na garrafa?
Quem viu casar Lampião?
É o pecado e a graça
Nesses causos do sertão
Tem batuque pra Xangô no pé da serra
Maracatu, bumba-meu-boi, papangu da minha terra
Nesta ciranda todo mundo vai chegar
Este cortejo tem frevo e cantoria
Fiz de papel colé
As máscaras desta fulia
Vem que a Rocinha chegou, é nosso caso de amor
Deixe a borboleta te encantar
Chora viola (viola)
A minha história vai emocionar
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