Sou viola, sou rabeca
Cantoria, fim de feira
Bom de bola e capoeira
Pus o tênis, pus a beca
Dei na bunda da peteca
Esfreguei meu violão
No cangote da paixão
Nunca mais a dor foi nada
Aprendi fazer jangada
Quando o mar era sertão
Tá escrito na lameira:
A estrada meu destino
No asfalto cristalino
Deixo marcas de poeira
Estou indo na carreira
Pra fugir da solidão
Meu amor, meu coração
Me espera na chegada
Aprendi fazer jangada
Quando o mar era sertão
Só aposto em cassino
Onde o prêmio seja glosa
Que não causa rebordosa
Nem furor, nem desatino
Só concordo com o hino
Quando canta meu refrão
No luar de Gonzagão
Minha alma foi lavada
Aprendi fazer jangada
Quando o mar era sertão
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