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Clássicos da bossa nova para tocar no violão

Confira dicas facilitadoras para aprender a tocar grandes sucessos da bossa nova com mais facilidade!

A escola brasileira de violão é uma das mais reverenciadas do mundo, muito por conta da bossa nova. Afinal, as harmonias do gênero são bastante criativas, sem contar as levadas fora de série. Nesse contexto, hoje vamos te ensinar a tocar no violão alguns dos maiores clássicos da bossa nova!

João Gilberto tocando violão e cantando os seus clássicos da bossa nova
João Gilberto, o criador da bossa nova, cantando e tocando violão em show (Foto: Reprodução)

Selecionamos nada menos do que 20 faixas de artistas que marcaram a história da bossa, com direito a dicas que vão facilitar o seu aprendizado. Então, preparado para incrementar o seu repertório no violão com as principais músicas da bossa nova? Bora lá!

20 músicas de bossa nova para tocar no violão

Antes de mais nada, vale ressaltar que procuramos selecionar tanto músicas de bossa nova fáceis de tocar quanto cifras um pouco mais complexas. Dessa forma, nossa lista engloba desde iniciantes até mais experientes no violão.

Mas, independentemente do seu nível no instrumento, temos certeza de que você é capaz de superar os obstáculos com treino e foco. Uma vez que esse aviso foi dado, vamos às cifras dos clássicos da bossa nova!

Abaixo, alguns clássicos que você vai conferir por aqui:

  • Garota de Ipanema
  • Chega de Saudade
  • Pela Luz dos Olhos Teus
  • Samba da Benção
  • Manhã de Carnaval
  • Águas de Março

1. Garota de Ipanema — Tom Jobim e Vinicius de Moraes

Abrindo a lista de clássicos da bossa nova, Garota de Ipanema está no tom de F e apresenta 15 acordes. As formações têm extensões muito bonitas e não apresentam pestana. Ao mesmo tempo, o ritmo deve ser feito com os dedos. Nesse sentido, use o polegar para os baixos, enquanto o indicador, o médio e o anelar tocam as cordas primas.

2. Chega de Saudade — João Gilberto

Embora a quantidade de acordes de Chega de Saudade possa assustar à primeira vista (39), a levada é praticamente a mesma em toda a música. Isso já facilita bastante a execução. Tenha atenção às 6 pestanas, que precisam prender as cordas de maneira firme. Por fim, separe a música em partes para só depois treinar a faixa completa.

3. Eu Sei Que Vou Te Amar — Tom Jobim

A harmonia de Eu Sei Que Vou Te Amar é muito interessante, incluindo acordes diminutos, com sétima, décima primeira e por aí vai…


Porém, não se deixe enganar pelos nomes complicados, pois as digitações são simples. Ah, as cordas devem ser tocadas em dedilhado, beleza?

4. A Rã — João Donato

A Rã possui 14 acordes e está no tom de C. Alguns shapes exigem maior abertura de dedos. Já o ritmo, é bem animado e até swingado. Então, essa é uma das raras músicas da lista boas de tocar com palheta.

5. Onde Anda Você — Vinicius de Moraes e Toquinho

Dos 17 acordes de Onde Anda Você, apenas 2 têm pestana. Assim, o maior desafio é memorizar as progressões. Por sua vez, a mão direita (para os canhotos, a esquerda) é bem solta, mesclando a batida com dedilhados sutis.

6. Wave — Tom Jobim

Wave conta com uma introdução bem marcada, e, novamente, a levada é feita com os dedos. Falando da harmonia da música, cuidado especial para não se perder com os acordes de passagem.

7. Cuitelinho — Nara Leão

Cuitelinho conta com somente 4 acordes. O mais diferente deles é o , mas sua digitação é fácil, então você vai pegar sem maiores problemas. A música toda deve ser executada com um dedilhado padrão, mantendo o andamento constante.

8. Canto de Ossanha — Baden Powell

Um dedilhado interessante e frases criativas incrementam a cifra de Canto de Ossanha. Porém, é perfeitamente possível tocá-la de forma mais simples, apenas executando uma levada padrão com os dedos. Ademais, dos 11 acordes da canção, apenas 2 possuem pestana.

9. O Pato — João Gilberto

A faixa O Pato tem 11 acordes, mas eles nada mais são do que variações de quatro formações básicas: A, D, E e G. Assim, trata-se de um excelente modo de aprender outras possibilidades harmônicas. A levada tem pequenas alternâncias de ataque conforme as partes da música. Então, atenção nesse quesito.

10. Pela Luz Dos Olhos Teus — Tom Jobim

Há muitas variações na harmonia de Pela Luz Dos Olhos Teus, mas o ritmo é lento. Dessa maneira, você pode antecipar os acordes em sua cabeça a fim de acertar as trocas. O tema melódico é bem bonito. Embora não seja tocado originalmente no violão, você pode tentar tirá-lo de ouvido, até para treinar a sua percepção musical, o que acha?

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11. Influência do Jazz — Carlos Lyra 

A levada dessa faixa não é das mais simples. Porém, encare como uma forma de aperfeiçoar a sua técnica de mão direita (esquerda, no caso dos canhotos), ok? Influência do Jazz está no tom de G, e nenhum dos seus seus 20 acordes apresenta pestana. Além disso, a música é curta, o que também facilita a nossa missão.

12. Tarde em Itapoã — Vinicius de Moraes

Um dos maiores clássicos da bossa nova, Tarde em Itapoã apresenta as principais características do gênero. Ou seja, acordes muito bonitos e uma levada agradável. Dessa forma, atenção especial ao shape do Gm7/F, que exige grande abertura de dedos.

13. Água de Beber — Tom Jobim

No tom de Bm, Água de Beber tem 16 acordes no total. A levada é agitada, mas há variações de dinâmica. Ou seja, não precisa tocar como um robô – solte o pulso à vontade! Por outro lado, busque replicar as pausas e antecipações para respeitar ao máximo o arranjo original.

14. Pra Dizer Adeus — Edu Lobo

Na tonalidade de Bb, Pra Dizer Adeus conta com 19 acordes que fogem do básico e têm uma sonoridade muito especial. Então, nada de preguiça para aprender essas formações, pois vai valer a pena! Para compensar, o andamento é lento, o que simplifica a formação dos shapes.

15. A Casa — Vinicius de Moraes

Aqui está uma das mais fáceis cifras de bossa nova! A Casa pode ser tocada com apenas 3 acordes: A, D e E. Nesse contexto, a introdução apresenta um tema melódico junto à harmonia. Por fim, os acordes devem ser dedilhados na maior parte da canção.

16. O Barquinho — Roberto Menescal

O Barquinho tem alguns acordes com pestana e outros bem abertos, como o A7/9b. Assim, tenha atenção especial na digitação dos shapes, para todas as notas soarem perfeitamente. Por sua vez, o ritmo não deve ser engessado – pelo contrário!

17. Samba da Bênção — Baden Powell e Vinicius de Moraes

Nesta versão de Samba da Bênção, apenas 3 acordes são utilizados: Em7, A7 e D6/F#. Veja que legal: somente dois dedos são necessários para formar cada um deles. Isso significa que você vai aprender bem rápido! Porém, fique ligado no ritmo, que deve ser vivo e bem marcado.

18. Corcovado — João Gilberto

Aqui, não há novidades em relação à batida rítmica. Com os dedos, intercale as primas (cordas mais agudas) com os bordões (cordas mais graves), sempre com sutileza e clareza. Embora haja alguns acordes mais complexos na cifra de Corcovado, as trocas de um para outro não são complicadas.

19. Manhã de Carnaval — Nara Leão

Manhã de Carnaval possui um belo solo de violão logo na introdução, que utiliza técnicas básicas, como ligados e slides. A harmonia em G tem soluções interessantes para acompanhar a melodia vocal. Já a levada, é fácil de identificar ouvindo a gravação, pois trata-se de uma música naturalmente mais arrastada.

20. Águas de Março — Tom Jobim

Definitivamente, o maior desafio de Água de Março está nas trocas de acordes rápidas, o que exige agilidade. Isso quer dizer que você precisa mentalizar muito bem os 20 shapes antes de iniciar a performance. A levada deve ser executada com precisão e clareza nas notas. Por fim, há um solo simples no meio da faixa.

E aí, você curtiu aprender esses 20 clássicos da bossa nova? Acima de tudo, as cifras de bossa nova são icônicas, cheias de sentimento e de técnicas incríveis de violão. Agora, o seu repertório de canções subiu de patamar, fala a verdade!

Nesse sentido, o que acha de continuar evoluindo no instrumento? Olha só: o melhor jeito de fazer isso é com o curso de violão do Cifra Club Academy!

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Foto de Fernando Paul

Fernando Paul

Jornalista musical, com mais de 10 anos de experiência na área. Toca guitarra, violão e baixo, além de estudar mixagem de áudio. Já acompanhou cantores, tocou em casamentos e integrou bandas de rock e grupos de louvor. Escreve para o Cifra Club desde novembro de 2021.

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