Fuja daqui traça “baralentina”
Que decidi te escravizar em mil folhas de papel
Se não quiser, te piso com minha sola

Saia daqui aranha “perentina”
Que minha ira é de tirar tuas quatro pernas
Se não quiser, te jogo nas formigas assassinas

Vasa moleza no escaldo dessa terra
Pois duas de ti nunca vai ser uma decisão
E se isso não presta não me orgulha nem para entulho

O que é isso que se arrisca por enfeite
Vai comemorar e todos estão sem graça?
O que é isso que recua quando não deve
Depois quer ser o primeiro a dançar a vitória?

Olhe guiadores da mentira
Entendi de onde vinha a cegueira
Custou uma maratona e muita perda

Carregar esse fôlego conhecido
É armar o receptor
E não ligar o aparelho

Masque longe de mim
Pois não é fácil esquecer-se de um mal no passado assim
Fique distante para que eu não te veja

Nosso lápis fere o papel, sangra bem na jugular
Antes que o orvalho suba
Onde é que minha família está?
A que perdi quando corri atrás de deus!
A que perdi...

Você nos deu pouco tempo pra escolher
E por cima nos jogou em trecho estranho
Onde a lama é o alívio e a tristeza o recheio

...baralentina, perentina e demais:
O que é suor o que é sangue?
O que vai terminando agora
Está pra começar em outro lado