Por trás do espelho não está
Quem fixe os olhos nos meus
Eu olho e vejo pra lá
Da imagem que não há
A não ser num breve adeus
Quem se deitou num caixão
Convencido que era um berço
Ao escutar que alguém diz não
Enche a voz de compaixão
E transforma o não, num verso
Tudo o que faço, não faço
Porque não lhe apanho o jeito
Dou um passo e outro passo
Quase morta de cansaço
Do que ficou por ser feito
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