A maresia vermelha nos olhos
E o roxo Malbec nos lábios
Os dentes coloridos de tinto
Me lançam sorrisos diários

São as cores dessa fantasia
Que seguimos vivendo em casa
São 365 dias
Voando, pois temos asas

Quantas primaveras
Quantas alegrias
Quantos agostos queridos
Pra reviver todos os dias

De todas essas que vemos, queremos
Ouvimos, sentimos, tocamos
Todas elas celebradas
Suas belezas exaltamos

É que o amor só faz sentido
Na multiplicação
Nada é proibido
Não existe não

Quantas primaveras
Quantas alegrias
Quantos agostos vividos
Pra bendizer todos os dias

Na cadência da rotina
Se desmancha no ar
Tudo que era sólido
Pro vento levar

Voando em outros corpos
Outros tempos, outras vidas
Tem cheiro de novidade
Em terras desconhecidas

Quantas primaveras
Quantas alegrias
Quantos agostos benditos
Pra agradecer todos os dias

Em um agosto bendito
Meus olhos viram os seus
Tudo que dava medo
De repente se perdeu

Coragem nós temos, doçura
Verdade, ousadia e fé
O mundo é todo nosso, preta
Te levo pra onde quiser

Vermelho nos olhos clareia
As asas repousam no sono
Mas da memória criada
Não há senhor ou dono