Meu filho, desde que as suas sementes foram semeadas
E as chuvas de agosto te molharam
Dentro das profundas raízes da sua mãe-natureza
Minhas palavras pacientemente esperaram para lhe guiar
Através de jornadas de anos que começam a cada amanhecer

Eu quero que minhas palavras te ensinem a essência de todos nós
Um espírito ancestral corre por nossas veias
Ergueu-se de tempos atrás
Da lágrima de um rio e de o assoviar dos ventos ancestrais

Vinte invernos seus olhos viram
Anos para esquecer, anos de guerras cruas
Apenas encontrando a paz em seus passeios noturnos
Através das minhas florestas, da sua pátria

Herdeiro das terras Celtiberas, amaldiçoadas em nomes de todos
Te encontraram na floresta, sozinho, com a sua espada
Beijando a grama e uivando com os lobos
E sem misericórdia, eles mancharam o solo
Com a sua juventude e com o seu sangue vermelho aquela noite

E eu, encorajado, ainda trazendo chuvas para chorar
Eu me lembro dos seus gritos de dor e medo
Quando sozinho, frente a eles, tentastes morrer para não perder o seu orgulho

Oh pátria... logo serei apenas um com você
Oh mãe natureza... eu deixo este mundo para os seus domínios

Sua morte não será em vão
Eles vão para sempre se lembrar do nome daquele que irá vingá-los
Vingança!