Neste poema da cantiga que te faço
Lembro dos tempos de guri, meu lugarejo
Banhos de sanga pra maner os teus mormaços
De pés descalços sem camisa ainda te vejo
Sobre as barrancas com bodoque no pescoço
Linhas de espera negaceando algum jundiá
Os aranhões neste meu corpo ainda moço
Me enlambuzando nas colméias dos irapuás
Quanta grande as velejar nestas lembranças
Voltar de novo para as margens do meu rio
Na velha tarca que marcou tantos gostos
Sulcos no rosto que esta saudade esculpiu
Um caponete e a vertente na canhada
O gado manso que pastava no potreiro
Uma estradinha na erosão destas quebradas
Que me levava lá no rumo do pesqueiro
Um piqueteiro pra trazer a pipa d’água
A capelinha onde ouvia o realejo
A correnteza onde a saudade desagua
E me carrega para ti meu lugarejo
Tenha acesso a benefícios exclusivos no App e no Site
Chega de anúncios
Badges exclusivas
Mais recursos no app do Afinador
Atendimento Prioritário
Aumente seu limite de lista
Ajude a produzir mais conteúdo