Percebo o que acontece
As vezes me vejo preso numa rede
Se eu fosse um pouco maior aquele tempo
Certeza que eu ia fazer tudo diferente

Me pergunto quantos vi se corromper
Sonhadores, zumbis na minha frente
Mas quando prometi que eu ia parar
Na minha mão, uma nota enrolada novamente

E eu nunca fui de querer estudar
Mas no vagão, rimava até que bem
Eu nunca soube o que é gastar
Mas eu fiz muito mais que notas de cem

Eu não sabia onde ia chegar
Mas eu sabia que ia além
E quando eu vi que alguém ia ficar
Eu botei ele pra rimar também

Sei que entendem que no mundo que eu vivo
A arte que nos move o governo chama ela de crime
E o sistema, que faz nada pra mudar
No lugar manda vermes especialista em nos oprime

Mas nas rodas que eu me coloquei, eu consegui observar
E ver o mundo em outra percepção
E pra quem era cego antigamente, hoje conseguiu se levantar
E pra outros passar a visão

O que eu me lamento é do menor trabalhador
Que teve sua caminhada longa interrompida
Por isso nessa city, na madruga por meio de latas
Eu descrevo com cape o ódio da vida

E por etapas eu me encontrava sozinho
Mesmo sem água eu matava minha sede
E o que motivava era pegar um eco login
E com uma escada mano, jogo o preto fosco na parede

O que eu me lamento é do menor trabalhador
Que teve sua caminhada longa interrompida
Por isso nessa city, na madruga por meio de latas
Eu descrevo com cape o ódio da vida

E por etapas, eu me encontrava sozinho
Mesmo sem água eu matava minha sede
E o que motivava era pegar um eco login
E com uma escada mano, jogo o preto fosco na parede

E eu nunca fui de querer estudar
Mas no vagão rimava até que bem
E eu nunca soube o que é gastar
Mas eu fiz muito mais que notas de cem

E eu não sabia onde ia chegar
Mas eu sabia que ia além
E quando eu vi que alguém ia ficar
Eu botei ele pra rimar também

O que eu me lamento é o menor trabalhador
Que teve sua caminhada longa, interrompida
Por isso nessa city na madruga
Por meio de latas eu descrevo com cape o ódio da vida

E por etapas eu me encontrava sozinho
Mesmo sem água eu matava minha sede
E o que me motivava era pegar um eco login
E com uma escada mano, jogo o preto fosco na parede

O que eu me lamento é do menor trabalhador
Que teve sua caminhada longa, interrompida
Por isso nessa city, na madruga por meio de latas
Eu descrevo com cape o ódio da vida

E por etapas eu me encontrava sozinho
Mesmo sem água eu matava minha sede
E o que motivava era pegar um eco login
E com uma escada mano, jogo o preto fosco na parede