Trago em mim os sonhos que o tempo não levou
Frágeis como a ilusão que a vida se tornou
Fujo das lembranças, mas, até amanhecer
Em minha mente outra vez vão florescer
Meu medo não pode me impedir
Mas como, então, contemplarei
A luz que em vão toca o que restou
Com meu peito afogado em dor?
Como proteger um mundo tão maravilhoso e tão cruel?
Sob um imperdoável céu
Vendo as cinzas no amanhecer
A vida a se perder, tanto a se arriscar
Mas pelo que?
Vem, me diga, o que conquistei
Se o lugar que defendi ficou pra trás?
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