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La Leyenda Del Bandido Salteador

Miriam Nuñez

La Leyenda Del Bandido Salteador

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Nació ya echando lumbre
A la orilla de una cumbre
Que nació ya señalado
Por su pelo Colorado
5 de junio fue el día
Como a las 3 de la tarde
Su padre dijo a su madre
Hay que buscar un compadre

Cuentan que cuando nació
Se supo a lo que venía
Culebra negra en el cielo
Presagiando llovería
Su grito en el caserío
Era como un desafío
Y su llanto se escuchó
Hasta por San Juan del Río

Año del 78, 1860
Al rancho la coyotada
Le cayó una gran tormenta
Hacienda Sta. Isabel
Del estado de Durango
Lo llamaron Doroteo
Y su apellido fue Arango

Su padre pronto murió
Dejando 4 chiquitos
Yo cuidaré a mis hermanos
A mi madre y los maisitos
Se levantaba temprano
Traía cayos en las manos
De tanto jalar la yunta
Y trabajar a los amos

Al cumplir los 12 años
Junto a algunos centavitos
Compró cobija y guaraches
A su madre y hermanitos
Su burro Maximiliano
Rebuznaba de contento
Cuando el niño Doroteo
Le llevaba su alimento

La injusticia fue el sendero
Que lo llevó al avispero
Cobarde ruin agresión le hizo
A su hermana el patrón
Y pa salvar esa afrenta
Se dirigió a pedir cuenta
Y luego tuvo que huir
Porque al amo se le enfrenta

El patrón enfurecido
Manda en busca de él huido
Doroteo cogió pa'l monte
Donde acaba el horizonte
A vivir como una fiera
Acorralada y feroz
Cuando salió ya era un hombre
Aquel chaval precoz

Cuando cumplió 16
Conoció a un tal Nacho Parra
Se hizo de amigos extraños
Del tigre sacó la garra
Los lingotes que robaba
Una parte la enterraba
Otra parte repartía
Con el pueblo que lo amaba

Andaba como los peces
Que se fugan muchas veces
Y su maña de coyote
De noche
Montaba la mexicana
Siempre con doble canana
Y nunca en la misma cama
Lo agarraba la mañana

Y así nació la leyenda
Del bandido salteador
El amigo de los pobres
Del pueblo trabajador
Sus increíbles hazañas
Su arrojo y sus artimañas
Se esparcieron con el viento
Por los pueblos y montañas

Aprendió todo del monte
Cantaba como un sensoncle
Con las hierbas se curaba
Cazando se alimentaba
Huyendo de la cordada
El nombre se lo cambiaba
Por los pueblos merodeaba
Y de Parra el Chihuahua

Un Robin Hood del desierto
Fantasma en los chaparrales
Perseguido y sentenciado
Por patrones y rurales
El Napoleón mexicano
Americano
Ese fue Francisco Villa
Terror de los federales

Nasceu já soltando fogo
Ao sopé de uma montanha
E nasceu já assinalado
Pela cor de seu cabelo ruivo
5 de junho foi o dia
Assim pelas 3 da tarde
Seu pai disse à sua mãe
"Temos que buscar um compadre"

Contam que quando nasceu
Se soube logo ao que vinha
Serpente negra no céu
Pressagiava um aguaceiro
Seu grito no casario
Foi como um desafio
E seu choro foi ouvido
Até em San Juan del Río

Ano de 78, 1800
No rancho La Coyotada
Desencadeou uma grande tormenta
Na fazenda Sta. Isabel
Do estado de Durango
Deram-lhe o nome de Doroteo
E o sobrenome de Arango

Seu pai logo morreu
Deixando 4 pequeninos
Vou cuidar dos meus irmãos
Minha mãe e tudo o resto
Levantava-se cedo
Tinha calos nas mãos
De tanto puxar a junta
E trabalhar para os amos

Quando cumpriu 12 anos
Com alguns centavos
Comprou mantas e sandálias
Para sua mãe e irmãozinhos
Seu burro Maximiliano
Zurrava de contentamento
Quando o menino Doroteo
Lhe trazia o alimento

A injustiça era o caminho
Que o levou ao vespeiro
Agressão vil covarde fez
À sua irmã o patrão
E para salvar essa afronta
Ele foi pedir contas
E então ele teve que fugir
Por ter enfrentado o amo

O patrão enfurecido
Mandou buscar o fugitivo
Doroteo foi para a a montanha
Onde termina o horizonte
Viver como uma fera
Acuado e feroz
Quando saiu já era um homem
Aquela criança precoce

Quando completou 16 anos
Conheceu um certo Nacho Parra
Fez amigos estranhos
Do tigre sacou a garra
Os lingotes que ele roubou
Uma parte enterrava
Outra parte repartia
Com o povo que o amava

Andava como os peixes
Que se escapam muitas vezes
E sua manha de coiote
A noite
Montava o cinturão
Sempre com dois coldres
E nunca na mesma cama
O agarravam de manhã

E assim nasceu a lenda
Do bandido salteador
O amigo dos pobres
Do povo trabalhador
Suas incríveis façanhas
Sua coragem e artimanhas
Se espalharam com o vento
Por aldeias e montanhas

Aprendeu tudo no monte
Cantou como os pássaros imitadores
Com ervas se curava
Caçando se alimentava
Fugindo da cordada
O nome mudava
Ele vagueou pelas aldeias
De Parra o Chihuahua

Um Robin Hood do deserto
Fantasma no chaparral
Perseguido e condenado
Por patrões e rurais
O napoleão mexicano
Americano
Ele era o Francisco Villa
Terror dos federais

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