Suplico por respostas
Mas elas se calam
Quanto mais me conheço
Mais me anseio em sumir
Vagueio em direções incertas
Feito um espírito errante
Ouvindo cantigas de trovadores da morte
Na vastidão do tempo
O encanto se dissolve
E meu presente se culmina em cinzas
De um passado morto
Ao meu redor vejo tudo sem vida
E eu como um corvo a observar
A putrefação dos meus sonhos
Todos os meus sonhos não passam apenas de ânsias inalcançáveis
A desilusão é um espelho cadavérico
Pondo-me cara a cara com o vazio
Estou sozinho como sempre estive
Agora estou lúcido para morrer
Deitando no leito da morte
Donde meu corpo será apenas um banquete para os vermes
E para todo o sempre
Sete palmos abaixo da terra
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