A gente desiste da poesia
Sempre que fica triste
Sempre que dá topada
E o dedo da rima sangra
Então viaja pra angra
Compra roupa de grife
Coloca o dedo em riste
E diz que não quer mais nada
Mas a poesia safada
Não desiste da gente
E nos cerca pela estrada
Oscar Wilde tinha razão
Livrar-se do vício
Só cedendo à tentação
Só cedendo à tentação
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