Marchando em brasas
Marchando com diabólicas asas
Dizimando o homem e sua raça
Em meio a campos cobertos por fogo

E pelas cinzas
De uma floresta queimada
Vigiado apenas pelos olhos sátiros
De abutres esfomeados
Esmagando,
Esmagando crânios de inimigos

Com força
Do meu martelo proibido
Respirando o ar moribundo
Que me é oferecido por deus
E seus anjos falecidos

Caminhando com cascos de aço
Sob terras
Sob cadáveres
Cobertos pelo limbo
E pelo ódio
De um coração misantrópico

Vivendo em sombras
Em um lugar esquecido
Habitado apenas pelo insulto
De olhares que abandonam este mundo
Me alimentando somente de guerra

E do sangue que escorre
Das rochas de um túmulo profundo
Onde me recolho junto as minhas garras
Que ferem as portas
E os olhos deste mundo

Caminhando com cascos de aço
Sob terras
Sob cadáveres
Cobertos pelo limbo
E pelo ódio
De um coração misantrópico