É o futebol, lá no inferno
Enquanto o velho rádio de pilha toca
Lá na favela
Em pernambuco
Joana bezerra sonha com o que a menina rica da sua idade
Vai sonhar, esta noite
Vai comprar, esta noite
Vai viver, esta noite
Vai gozar
Enquanto ela vê pelo andar de sua vida, como uma pobre esteira
A bala contradizer com o progresso
O progresso contradizer com a prisão
E os velhos clarins de momo
Eles têm medo do ladrão
E assim eu vou
Pois joana bezerra agora é só um bairro
E sua vida de mortuário serena se esconde no nome bonito
De alguém, talvez
Que importasse
E assim Joana bezerra pensa, joana bezerra corre, joana bezerra chora
Joana bezerra morre
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